Até que enfim!…A disputa entre brasileiros e portugueses pode fazer algo de útil!

Publicado junho 10, 2009 por venusaquario
Categorias: brasil portugal, competição, eu grido, filantropia de espaço virtual, grid, pesquisas científicas


EU GRIDO, TU GRIDAS, ELE GRIDA…

Gostei dessa!!!

…Nem tudo está perdido!…Em pleno século 21, quando discutimos coisas como ambição em relação a cuidados com o planeta…Existência significativa em relação a posses e poder, alguns brasileiros e portugueses, não nesse blog, claro, ainda insistem numa discussão rasinha…bobinha…de quemm é mais isso ou aquilo!!!

Vou sugerir uma linda utilidade para uma competição, coloque seu computador a serviço de pesquisas científicas, ajude essas pesquisas escolhidas por você, acompanhe seus resultados e etc, e dispute quem ajuda mais em relação a seus habitantes…é uma boa idéia, não?

Links de blogs brasileiros o site world community e a página de estatísticas por computadores que colaboram.

Eu grido, divulgação brasieira: http://www.eugrido.com.br/

world community: http://www.worldcommunitygrid.org/

estatíscticas: http://www.worldcommunitygrid.org/stat/viewGlobal.do

explicações : http://viver-sustentavel.blogspot.com/2009/06/campanha-eu-grido-seu-jeito-de-ajudar.html

divulgação portuguesa: http://www.lip.pt/computing/projects/i2g/

Brasil – A dificuldade na recuperação de corpos e destroços

Publicado junho 8, 2009 por venusaquario
Categorias: angustia, artigos de jornal, ética, brasil no mundo, competência

Tags: , , , ,

É preciso fazer esse registro…
Hoje acordei constatando a mesma teimosa bobeirice de alguns, mas orgulhosa em observar como a decência ocupou o lugar dos pavões e orgulhosa em acompanhar como as nossas Marinha e Aeronáutica tomaram serenamente o controle da situação;
deixando à vista, aí sim, a sua comunicação preocupada e competente sobre o resgate de corpos e destroços.

O acidente do Airbus e o exibicionismo brasileiro.

Publicado junho 5, 2009 por venusaquario
Categorias: acidente aéreo, brasil no mundo, brasileiros, exibicionismo brasileiro, peças do airbus

Brasileiros, brasileiros… unamo-nos e reconheçamos… Nós somos exibidos!…Eu não teria nenhum problema em imaginar qualquer outro país em mesmíssima situação na procura pelas peças do avião. O Brasil se dispôs e tem feito um enorme esforço na procura por pistas, como fez em acidentes últimos, ocorridos por aqui com mais frequência que em qualquer outra época, infelizmente. E da mesma maneira, agora. Tudo muito natural na ação. O negócio é que o brasileiro é comunicativo ao extremo, a mídia e as comunicações pisam em terreno incrivelmente fértil por aqui. Inventamos palavras, criamos modismos, duvidamos de verdades muito fechadas, o que nos deixa maleáveis e pouco preconceituosos, abertos à dúvida. Mas nem tudo são flores.Gosto, como teoria, da idéia de que onde impera a comunicação livre – palavras, palavras e palavras ( no caso brasileiro, escritas ou não com a aprovação da convenção gramatical ), múltiplas verdades e muitas dúvidas – desprivilegia-se o ideal e a inocência, só recuperados então, com a reflexão ética ….Qualquer brasileiro sabe que ideais inocentes e puros, não encontram o mesmo terreno fértil que as comunicações, as mil verdades, e as dúvidas encontram por aqui. Se é impossível que sejamos puros, se colocamos tudo em dúvida o tempo todo; Um caminho necessário, dificil,mas possível; é a calma equilibrada, reflexiva, e a aceitação constante e humilde da regulação pela ética.
Nesse acidente, nossa afetividade exige falar…falar e falar a respeito. É tipicamente brasileiro. Os familiares sentem menos, em média, a exposição advinda, o que provavelmente soaria estranho aos estrangeiros. Comunicação, por aqui, é algo, também, afetivo.
São já 60 milhões de computadores vendidos e duvido que qualquer crise vá parar esse impulso tão evidentemente brasileiro em tempos virtuais. O imediatismo da internet nos deixa mais impulsivos e ansiosos do que já somos. A educação brasileira precisaria necessariamente passar por esse terreno ao mesmo tempo amistoso e complicado, já que a curiosidade impulsiva ajuda a principio, mas pode atrapalhar.
Levando-se esse fator em conta, temos que somar também a isso o nosso exibicionismo. E não estou falando somente desse episódio que lida com interesses poderosos que nem imaginamos. Estou falando de um exibicionismo já comentado por aqui algumas vezes. Esse sim, com uma certa dose de inocência. Uma inocência que acaba por ficar um tanto fora de lugar.
E aparecerá melhor delineado um recorte da alma brasileira.
E então dá pra explicar um Ministro que, num momento que seria apropriada a dúvida, usa da certeza inocente afirmando como certo o que ainda não é. Com os holofotes ligados, o brasileiro tende a ficar um tanto besta. É preciso reconhecer.
E se conhecer…
Não seria tão ruim lembrarmos que a inocente certeza, que sabemos tão idiota em ignorantes preconceituosos, fica tão bonita em idealistas positivos, puros de alma e verdadeiros e tão boba em exibidos.

O acidente do Airbus e o exibicionismo brasileiro.

Publicado junho 5, 2009 por venusaquario
Categorias: acidente aéreo, brasil no mundo, brasileiros, exibicionismo brasileiro, peças do airbus

Tags: , , , ,
Brasileiros, brasileiros… unamo-nos e reconheçamos… Nós somos exibidos!…Eu não teria nenhum problema em imaginar qualquer outro país em mesmíssima situação na procura pelas peças do avião. O Brasil se dispôs e tem feito um enorme esforço na procura por pistas, como fez em acidentes últimos, ocorridos por aqui com mais frequência que em qualquer outra época, infelizmente. E da mesma maneira, agora. Tudo muito natural na ação. O negócio é que o brasileiro é comunicativo ao extremo, a mídia e as comunicações pisam em terreno incrivelmente fértil por aqui. Inventamos palavras, criamos modismos, duvidamos de verdades muito fechadas, o que nos deixa maleáveis e pouco preconceituosos, abertos à dúvida. Mas nem tudo são flores.
Gosto, como teoria, da idéia de que onde impera a comunicação livre – palavras, palavras e palavras ( no caso brasileiro, escritas ou não com a aprovação da convenção gramatical ), múltiplas verdades e muitas dúvidas – desprivilegia-se o ideal e a inocência, só recuperados então, com a reflexão ética ….
Qualquer brasileiro sabe que ideais inocentes e puros, não encontram o mesmo terreno fértil que as comunicações, as mil verdades, e as dúvidas encontram por aqui. Se é impossível que sejamos puros, se colocamos tudo em dúvida o tempo todo; Um caminho necessário, dificil,mas possível; é a calma equilibrada, reflexiva, e a aceitação constante e humilde da regulação pela ética.
Nesse acidente, nossa afetividade exige falar…falar e falar a respeito. É tipicamente brasileiro. Os familiares sentem menos, em média, a exposição advinda, o que provavelmente soaria estranho aos estrangeiros. Comunicação, por aqui, é algo, também, afetivo.

São já 60 milhões de computadores vendidos e duvido que qualquer crise vá parar esse impulso tão evidentemente brasileiro em tempos virtuais. O imediatismo da internet nos deixa mais impulsivos e ansiosos do que já somos. A educação brasileira precisaria necessariamente passar por esse terreno ao mesmo tempo amistoso e complicado, já que a curiosidade impulsiva ajuda a principio, mas pode atrapalhar.

Levando-se esse fator em conta, temos que somar também a isso o nosso exibicionismo. E não estou falando somente desse episódio que lida com interesses poderosos que nem imaginamos. Estou falando de um exibicionismo já comentado por aqui algumas vezes. Esse sim, com uma certa dose de inocência. Uma inocência que acaba por ficar um tanto fora de lugar.

E aparecerá melhor delineado um recorte da alma brasileira.
E então dá pra explicar um Ministro que, num momento que seria apropriada a dúvida, usa da certeza inocente afirmando como certo o que ainda não é. Com os holofotes ligados, o brasileiro tende a ficar um tanto besta. É preciso reconhecer.
E se conhecer…
Não seria tão ruim lembrarmos que a inocente certeza, que sabemos tão idiota em ignorantes preconceituosos, fica tão bonita em idealistas positivos, puros de alma e verdadeiros e tão boba em exibidos.

Depois de uma sexta feira 13 nada como um sabado 14 de Fevereiro

Publicado fevereiro 14, 2009 por venusaquario
Categorias: Uncategorized

Ontem foi o dia mais azarado que pode haver em varias culturas incluindo a portuguesa: Sexta-feira 13. Já toda a gente sabe que o 13 é alvo de suspeitas só por si, e acho que isso é em quase todo o lado, mas porquê sexta-feira+13 = Dia mais azarado??? Bem é que nem só de o número 13 vive o azar (dizem que é por ele ser um número irregular ao que ele afirma que isso são só calunias) pois sexta-feira é considerado também dia de azar (ei sexta-feira é sinal de fim-de-semana e isso é sempre sinal de boa sorte. Quem inventou essa só pode ser ou “workalholic” ou patrão).
Mas não é assim em todo o lado, muitas culturas associam os dois a boa sorte mas no entanto na nossa cultura o desgraçado do dia sexta-feira 13 tem que levar com as culpas de tudo que de mal acontecer nesse dia, que noutro dia qualquer seria considerado apenas como percalços da vida.
A raiz dessa crença mais provável é que tenha origem na religião cristã que diz que Jesus Cristo (JC para os amigos) foi morto numa sexta feira 13 e na sua ultima ceia estarem sentados 13 pessoas, logo como 1+1=2 a culpa só pode ser do 13 (qual Pilatos qual quê), junte-se uma sexta feira e temos “o caldo entornado”. Se acharmos esta explicação para esta paranóia (ou usando nome cientifico parascavedecatriafobia) do dia sexta-feira 13 pouco plausível há uma outra teoria que diz que ela teve origem no dia 13 de Outubro de 1307 (escusa de ir buscar o calendário desse ano, lhe garanto que era sexta feira) Filipe IV que era o rei la na terra dele (França, depois de Portugal siga por Espanha e tá logo lá) mandou acabar com o projecto Ordem dos Templários, que oferecia protecção aos cristãos que iam em peregrinação a Jerusalém (encontra a historia sobre eles facilmente e não faltam teorias de conspiração a volta deles incluindo o famoso Código Da Vinci), passando todos os seus membros a ser considerados ilegais sendo que foram todos presos simultaneamente em todo o país sendo depois executados por heresia (aposta que ironia ainda não fazia parte do dicionário naquela altura). Há ainda mais duas teorias que envolvem deuses noridcos mas de certo pouca influência terão na nossa superstição pois somos um povo com raízes católicas.


E com razão alguém disse “um azar nunca vêem só”. É que 14 de Fevereiro é o dia em que o amor anda no ar, estampado no rosto dos casais apaixonados e em tudo o que é montra de loja para garantirem que você não esquece a sua outra metade, é verdade é dia de São Valentim. O natal ainda mal passou e já temos des(culpas) para gastar mais dinheiro em prendas e com a crise que ai anda a roubar os bolsos de toda a gente é fácil entender a minha expressão inicial. E ai de ti que não compres nada para ela, mesmo quando ela diz que não quer nada pois o que ela esta a dizer é “faz-me uma surpresa”.
E se pensa que por ser solteiro está livre de gastar dinheiro em prenda+jantar+hotel (esta ultima é opcional apenas para quem vive sozinho), pense outra vez pois havendo uma vontade há um caminho, então agora não faltam festas para gente solteira para promover o encontro com a sua cara-metade que de certeza absoluta vai estar lá esperando por ti.
É claro que isto é se seguir a versão comercial do dia porque pode sempre aproveita-lo como desculpa para o transformar num dia em que pode mandar tudo para onde quiser e passa-lo apenas com a pessoa que lhe interessa mais e no caso de estar sozinho andar atento e quem sabe não tropeça naquela pessoa….
E para acabar nada melhor do que deixar uma música:

P.S: Caso a sexta-feira 13 tenha sido mesmo de azar e/ou o dia de S. Valentim não correu como o planeado lembre-se que para a semana já é Carnaval.

Português estereotipado em novela?

Publicado janeiro 28, 2009 por venusaquario
Categorias: brasil portugal, estereótipo, portugueses em Negócio da China

Já faz um tempo, me deu vontade de falar de um filme feito aqui no ano 2000. Como ando acumulando promessas e uma delas é falar também, de nossas desgraças, cumpro a promessa…ufa!
mas aaaaaantes, em prol da leveza…

http://brunogarschagen.com/2008/10/07/joao-pereira-coutinho-fala-sobre-brasileiros-e-portugueses/#comment-12724

De qualquer maneira, devo adiantar, como confissão, que:

…gosto muito dessa mania muito recente de brasileiros usarem as cores da bandeira em camisetas..ahahahaah
Tenho umas três delas com as cores da nossa bandeira ou com frases típicas…eheheeh
Já dei de presente a estrangeiros….só pra constar, e, mais ainda, me lembro de comentar anos atrás, com uma amiga, que…. bem, que brasileiros poderiam usar camisetas com as cores da nossa bandeira ao invés de da bandeira dos Estados Unidos, porque era isso que acontecia por aqui, anos atrás.
então estou satisfeitíiiissima…ihihihihhi…
É curioso como, além disso, com a Copa, brasileiros passaram a usar as cores das bandeiras de vários países. E acho que isso não foi só aqui.
Gosto dessa época em que vivo, também, por isso.
Isso depende do olhar, não?…consigo ver muitas coisas positivas acontecendo.
Bem, falei sobre o olhar porque, voltando ao filme, a data do filme diz muito, pelo fato de termos passado aqui também – e mergulhamos profundamente nela – por essa fase mundial de realismo/pessimismo na produção cultural. Influenciado, e muito, pelo que era produzido em outros países como é natural que seja, o Brasil foi bem ao fundo ao refletir o terror, a psicopatia de nossa sociedade, nossas desgraças.

O interessante é também perceber como abordar desgraças sem o recurso do humor e da comédia pode beirar o insuportável.
Então, em nome do humor e da leveza, deixei esse link e, sim, ri muito da perspectiva de portugueses.

Por causa também de Obama, consigo até dizer que parece que, tal fase está ganhando agora cores de esperança e vida.

calma, vou falar sim, do filme….
na próxima…

Paixão e Obama

Publicado janeiro 28, 2009 por venusaquario
Categorias: biocombustiveis, brasil no mundo, Obama e Lula

Ontem Obama ligou para Lula propondo parcerias em politicas de biocombustíveis e retomada de negociações antigas sobre eliminação de tarifas.
Eu escrevi uma postagem na época da eleição americana, apontando para o fato de que, apesar de Obama ser tão a cara de brasileiros – e estava falando, na época, da identificação pela aparência física- talvez, no que se referia a biocombustíveis, o seu adversário na campanha fosse melhor para o Brasil.
Estou felicíssima por estar errada e estarem errados todos os que me influenciaram nisso. Havia uma teoria, baseada em experiências anteriores, de que os democratas tendem a ser mais fechados em relação a comércio exterior…etc…etc…
Houve até quem achasse que isso demonstrava racismo e preconceito de minha parte, e isso, sim, é de provocar gargalhadas.
Eu só estava procurando a desilusão,antes da ilusão, como muita gente. Tão acostumada a artificialidades, talvez a eleição de Obama ficasse só na artificialidade do símbolo. Nova era, essas coisas… Será????…pensei…
Sinceramente, eu, criada em meio a tantas cores, já sabia muito naturalmente que cor é discriminação de estúpidos, que o que importa é a pessoa sob a cor.
Bem, eu não havia acompanhado nenhum discurso de Obama, o primeiro que acompanhei foi o da vitória.
Me apaixonei por ele.
Essas possibilidades de abertura comercial têm muito a ver com o desespero,é claro, mas algo me diz que Obama se sente muito bem em meio à diversidade de caras e idéias, tem uma atitude aberta e positiva em relação ao diferente, quer dizer, Obama tem muito mais consistência que a simples simbologia de um presidente mulato.
Por causa dessa consistência, a simbologia se torna grandiosa.
Por causa dessa consistência, negros americanos ampliam possibilidades e se libertam de pesos e amarras completamente sem sentido.

De volta…

Publicado janeiro 8, 2009 por venusaquario
Categorias: Uncategorized

Bem…vamos lá….
Sempre me interessou falar de seres humanos, estejam eles onde estiverem, e dessa interação de seres humanos com a tal REALIDADE, que pra alguns pode significar a quantidade de pessoas que simplesmente morrerão de fome hoje, a concessão que talvez precisemos fazer para nos mantermos em certas posições na vida, no trabalho, quando na verdade nossa alma gostaria de outras atitudes… decepções…desilusões… coisas assim, que se forem se tornando todo o nosso molde, vão nos deixando cada vez mais cínicos, com menos alma, espontaneidade, e menos brilho, e etc…etc…
Eu associo a noção de realidade a fatos como os de que o dinheiro manda, de que não conseguimos por mais que todo o mundo pareça disposto a isso, no discurso, ao menos garantir que ninguém nesse mundo precisasse passar fome. Eu associo a noção de realidade ao fato de que todos nós em contato com ela já experimentamos ou experimentaremos a terrível sensação de sermos fracos, covardes, egoístas….
Eu observo as pessoas e vejo essa dança entre ideais e realidade e acho lindo….Aliás acho que é a única coisa que nos salva, quando realmente, não para obtermos uma imagem, não pela interação com o mundo, mas por nós mesmos, pelo nosso respeito próprio conseguimos ter uma atitude ética e decente, a despeito do que a realidade injusta e covarde nos diz.
Então sempre que estou falando de humanidade e pessoas eu estou pensando nesse complexo ESTAR NO MUNDO e EXISTIR; sendo isso pra alguém que já nasça com mil cobranças, com um existir já preparado por outros, ou alguém com mil possibilidades à sua disposição. Pra alguém que nasça com os muitos limites da pobreza ou aquele com mais escolhas…
É isso que está sempre guiando o que penso, quando comento sobre europeus neuróticos com a imigração, ou brasileiros revoltados, africanos e etc….
Talvez por pensar sempre em seres humanos eu consiga ver os muitos defeitos e qualidades neles independentemente de sua conta bancária ou país de origem.
O República falou sobre Portugal, sobre as dificuldades, e imagino que não seja fácil, como não é aqui.
Mas a realidade é sempre uma quadro que pintamos, e como qualquer quadro, sempre fica algo de fora, sendo também uma tentativa de captar um momento que sempre será simplesmente um momento, mesmo que estejamos falando de um momento histórico; é sempre um momento esperando um sem número de ações possíveis sobre ele.
Sobre portugueses maltratados….
Quando eu condeno o discurso de vítima, repetido e reiterado, até que, um ser humano que o traz sempre junto com ele começa a confundi-lo com parte de sua identidade, justificando mil outras atitudes; eu estou me referindo a essa possibilidade tão humana e tão usada em todas as raças cores e credos. Se eu o rejeito entre brasileiros também vou rejeitá-lo entre portugueses que com esse discurso de serem maltrados por estrangeiros, maltratam.
Por aqui só se fala do grande conflito Israel – Palestina , e pensando nesse discurso de vítima , nós podemos olhar esse conflito como algo distante, ou pensar que, como seres humanos estamos sempre sujeitos a desastres parecidos. Esse é um conflito que tem de um lado os judeus, vítimas históricas incontestáveis …não? Mas o poder que os judeus têm hoje, o medo, o acreditar que têm toda a verdade do seu lado, e pronto; aparecem a partir daí as mil facetas humanas…Entram nessa de achar que acabarão com o ódio à força, porque afinal, estão com a razão. Isso pra nem falar do outro lado.
É muito fácil cometer os mesmos erros assim que começamos a achar que isso seria impossível para nós, porque somos os bonzinhos, e, afinal de contas, as vítimas.
A história da humanidade está repleta disso. Grandes revolucionários se tornando ditadores, grandes sonhos se tornando terríveis injustiças. E a primeira condição para isso, (teoria minha), é simplesmente nos esquecermos do nosso lado terrível. Não, não estou aqui fazendo um discurso religioso, aliás as religiões são um bom exemplo de como essa noção de estar com o bem e a verdade absolutos pode ser um grande desastre.
Eu já fui maltratada por portugueses e tinha a opção de repassar o preconceito e ódio ou fazer um blog como esse. E essa opção não foi para “ser legalzinha”. Foi simplesmente uma opção por mim mesma, pelo melhor de mim. Com esse blog só consegui entender um pouco mais a neurose e me conectar com muitas, muitas, pessoas ótimas. Tudo por uma pequena atitude positiva. Então sempre a recomendo.
Sobre humor.
Diz-se que o grande humorista é aquele que consegue perceber o ridículo da REALIDADE, aquela mesma, sobre a qual falei acima. É claro que nosso humor não comporta falarmos da fome mundial, mas situações mais “leves” como esta outra citada, as humilhações nossas de cada dia, em geral, rendem grandes risadas.
O grande problema é que em relação aos negros não me pareceu ter nada a ver com minha realidade, pareceu mais uma caricatura.
Só pra ilustrar. Minha origem é a classe C, como dizemos aqui. Ninguém da minha família passava fome, mas não muito mais que isso. E dali, de onde eu vim, posso dizer que tive contato com negros ao longo da minha vida mais ou menos educados (em ambos os sentidos, de polidez e acadêmico) que qualquer outro branco com quem eu convivesse, aliás, alguns com condições econômicas melhores que as minhas, na ocasião.
Então pra mim não fez mesmo sentido, e a sensação foi de um estereótipo muito primário, até poderia usar o termo ”antigo”. Eu poderia falar de outros estereótipos que poderiam ser usados aqui, como o sambista, o rapper, mas geralmente não acho muita graça em estereótipos. O vídeo do “politicamente correto”, que substituiu os anteriores, esse sim, achei bem engraçado, e se o conhecesse, é bem capaz que já o tivesse usado por aqui. Então, pra fechar o ponto de vista sobre a sua questão ético-filosófica (usei esse termo só pra lembrar uma discussão do passado…eheheeh) sobre os limites do humor, eu não sei se teria algo mais a dizer… sempre achei que pra mim era uma questão de colocar simplesmente meu ponto de vista como brasileira, não mais que isso. Mas é possivel dizer que a ética pessoal, e não a censura dos outros é o que deve regular a nossa existência, não algo negativo, mas a opção pelo melhor de nós mesmos, e isso cada um de nós sabe o que significa.

Quais são os limites do HUMOR????

Publicado janeiro 3, 2009 por venusaquario
Categorias: Uncategorized

Não sendo uma pessoa que goste especialmente de protagonismos e sentindo que tenho uma mente sã em corpo (mais ou menos) são, é-me (quase) indiferente o que outros pensem sobre aquilo que digo ou escrevo, muito menos tenho qualquer necessidade de “dar nas vistas”. Por conseguinte a critica fácil que façam a algo que eu diga ou escreva, é-me completamente indiferente. Completamente? não completamente (como nas histórias de Astérix o gaulês) há umas quantas situações, perante as quais fico sem saber como reagir. Mas se disser que “me é indiferente”, também não estou a utilizar a expressão correcta; pois a verdade é que dou atenção e tento analizar o melhor que consigo e posso e respondo, se acho que o devo fazer.

Ora, participando eu neste blog da Vênus Aquario, muito recentemente fiquei sem saber como reagir, quando ela criticou o tipo de humor de dois vídeos que coloquei num post anterior. Numa situação normal, eu não teria dado importância nenhuma ao assunto e nem sequer teria respondido, mas….o blog é dela e sendo o blog dela, tenho eu o direito de fazer algo que lhe desagrade? algo que a faça sentir mal dentro do seu espaço? Acabei por retirar os vídeos apesar dos protestos da Vênus…só que esse também não sou eu, acabei por me violentar! Mas será que devo levar mais a sério os comentários dela do que de qualquer outro participante ou comentador do Blog? Espero que ela responda a isto…quando regressar 🙂 até lá, pelo menos aqui, não vou colocar nada de muito polémico. No entanto, lanço algumas perguntas…quais são os limites do humor? Até onde se pode ir? Será que para não ferir (algumas) susceptibilidades, se deve fazer uma discriminação positiva????

Para mim, sei quais são as respostas adequadas, mas… e os outros participantes e comentadores do blog?

Porque são os portugueses como são…

Publicado dezembro 18, 2008 por venusaquario
Categorias: Uncategorized

Diz o Kury que os Portugueses são os mais desconfiados e os menos cívicos da Europa; além disso diz que existem os velhos do Restelo, os bota-abaixo para os quais tudo está mal e que impera o chico-espertismo. Não vou contrariar isto, estas são na verdade características bem Portuguesas, mas…tudo tem uma razão de ser e neste caso a razão de ser é muito forte. Antes de continuar vou incluir um texto que poderia ter sido escrito por um desses Portugueses Bota-Abaixo:

“As pessoas moram em gaiolas para coelhos a preços exorbitantes. Já não se pode circular nas ruas. Quando penso no que Roma se tornou, fujo para longe. Os milhões que ganham os promotores. Vindos dos quatro cantos do Mediterrâneo, ei-los que adquirem as melhores casas para delas se apoderarem. Desprezam os nossos gostos e valores; o mau gosto torna-se sinónimo de requinte, o idiota passa por genial, cantores medíocres são vistos como estrelas. Já não há em Roma mais lugar para um bravo Romano. Na rua os estrangeiros agridem-nos . Depois, ainda por cima são eles que te acusam e levam a tribunal.
Onde estão os ritos antigos? a religião é publicamente vilipendiada. Quem teria ousado, outrora, fazer troça do culto dos deuses? Não nos devemos surpreeender que a desonestidade seja geral. Já ninguém tem palavra porque todos perderam a fé. Mesmo os crentes já não crêem na virtude. Outrora, uma pessoa desonesta era algo incrível. E agora, um tipo verdadeiramente íntegro é visto como um prodígio. Quanto aos jovens, é melhor nem falar. Onde já vai o tempo em que era visto como um sacrilégio um jovem não se levantar diante de um idoso? em resumo, devoção, correcção, rectidão, palavra de honra, respeito, valor, civismo, património cultural, etc; tudo isso desapareceu.”


…Só que não foi escrito por nenhum Portuguguês, foi escrito por Décimus Junius Juvenalis há cerca de 1900 anos. Pode-se perorar que isto são características dos povos do sul da Europa, mas…não é só, trágicamente assiste-se ao colapso da justiça com uma total inversão de valores, onde indivíduos que todos sabemos culpados são ilibados por pormenosres técnicos ou por falta de provas e com a mesma justiça, com uma mão pesada sobre os mais fracos e oprimidos (mas a isto já estamos habituados, só que o 25 de Abril deveria ter revertido este estado de coisas e não o fez…há uma justiça para os ricos e poderosos e depois há outra para os pobres…a título de exemplo é só comparar o processo de pedófilia da Casa Pia que anda em “bolandas” sem atar nem desatar creio que há seis anos e em tribunal há quatro, onde estão envolvidos políticos, um ex-embaixador, apresentadores de televisão e muitas outras pessoas da alta roda…e o processo semelhante ocorrido na mesma altura nos Açores que foi resolvido e julgado em três meses, mas que não tinha nenhuma figura pública; o próprio Procurador Geral da República Portuguesa” disse que julgar o senhor “Farfalha dos Açores” não era o mesmo que julgar o senhor “Carlos Cruz”; eu sei que não é porque já sabia isso, mas gostava que fosse igual, gostava que a justiça realmente tivesse os olhos vendados e a balança de pratos na mão…mas a justiça cá, ficou com a epada, esqueceu a balança de pratos e ainda por cima tirou a venda!
Depois assiste-se a uma classe política e não só…mais propiamente, a uma classe dominante que faz e desfaz a seu bel-prazer; enquanto discutem ordenados mínimos na ordem dos 450€ atribuem-se a eles próprios ordenados milionários da ordem dos milhões de € sem que sejam minimamente controlados…ou pelo menos regulados: a título de exemplo veja-se o seguinte link, pois faz parte dos blogs de um semanário de grande tiragem e o próprio texto tem links para a notícia que lhe deu origem http://sol.sapo.pt/blogs/lucifer88/archive/2008/10/28/Vencimentos-na-EDP_3A00_-Ana-Maria-Fernandes.aspx …a este respeito diga-se ainda que a EDP se prepara para subir a energia eléctrica no consumidor final em 4% não em 7% como estava inicialmente previsto, com a desculpa dos altos preços dos combustíveis…quando estes parecem ter descido a preços de há dois anos atrás e depois de esta companhia ter lucros aproximados de 1500 milhões de Euros neste ano da graça de 2008…..1500 milhões de Euros, um valor que eu nem sei ler e que são obtidos à custa do monopólio da produção e distribuição da energia eléctrica em Portugal.
Bom, o texto vai longo, mas não resisto a dizer que o chico-espertismo não é invenção Portuguesa ainda a passada semana se soube do maior escandalo de vigarice à escala global protagonizado por Bernard Madoff…portanto, quanto muito e a nível dos Portugueses nós podemos é ser uns “chico-parvitos-armados-em-espertos” pois ao pé do Madoff, o que por cá se passa não é nada.
Mas dizer que o dantes é que era bom, não é realmente uma posição completamente honesta, no entanto os mais velhos lembram-se do velho das botas chamado Salazar, esse, a par de manter um país e os seus cidadãos na ignorância e na pobreza, teve a honestidade de não se servir do estado para enriquecer. No entanto é impossível fazer a apologia do Salazarismo pois o dito governante, tendo surgido depois da 1ª República, conseguiu pôr em ordem o que restava dela e de alguma forma, começar a levantar o País, mas, não soube evoluir nem adaptar-se ao seu tempo acabando por ser ultrapassado por esse tempo, tornando-se num dos maiores fracassos de governação…
Podia continuar a lista das causas do descrédito das pessoas em relação ao Estado e às instituições, no entanto o texto vai longo e esprimidinho, esprimidinho, apenas represento um voto nas urnas…o que é manifestamente pouco para mudar o que quer que seja.